sexta-feira, 1 de abril de 2011

181

Outro rumo traz a vida
A quem tanto quis a paz,
Cicatrize tal ferida
Quem o sonho agora traz.

182

Abraçando o meu passado
Vejo a sorte no presente
Num futuro iluminado
Todo o sonho se apresente.

183

Nada mais pudesse ver
Entre as noites, solidão,
Mas procuro alvorecer
Neste sol na imensidão;

184

O momento mais sutil
A palavra mais sincera
Onde o tanto que se viu
Traz a vida onde se esmera.

185

Apressando o passo eu sigo
E vencendo o que atormenta
O caminho diz abrigo
Contra toda vã tormenta…

186

Onde pude ser feliz
Ouso agora acreditar
E traçando o quanto quis
Espreitando a divagar.

187

No teu colo o travesseiro
Que permita meu descanso
Nos teus olhos o canteiro
Onde o sonho; agora alcanço.

188

Jamais tive em minha vida
O que tanto se traduz
Como fosse uma saída
Neste foco em rara luz.

189

Pondo a sorte já de lado
Vejo apenas claramente
O desenho de um passado
Que ora ronda a minha mente.

190

Nada mais se vendo após
O que possa ser diverso
Desenhando dentro em nós
Com certeza outro universo.

191


Bebo a sorte mais sutil
E presumo no futuro
Muito mais do que se viu,
Um momento em paz, seguro.

192

A palavra que te ofende
O sentido não traria
O que tanto se defende
Mata sempre a fantasia.

193

Um verdugo tão somente
O meu verso quer apenas
O que possa e não desmente
Mesmo quando me condenas.

194

Bebo o tempo aonde pude
Desvendar cada segredo
O meu canto mesmo rude,
Traz o sonho desde cedo.

195

Na palavra que se ensina
O momento mais gentil,
A verdade cristalina
Como nunca ninguém viu.

196

Bebo um gole de aguardente
Tomo um trago de esperança
Quando amor se faz urgente
O meu sonho em paz avança.

197

Um momento aonde eu possa
Traduzir felicidade
A verdade quando acossa
Traz a clara realidade

198

Almejando desde agora
O que tanto desejei
Sentimento quando aflora
Faz do amor a sua lei.

199


Mergulhando nos teus braços
Possa então ser mais feliz,
E se tento novos laços
Coração logo os desdiz.

200

Vento sopra no arvoredo,
Dança feita em verde encanto
E meu verso ora concedo
Deixo atrás o medo e o pranto.

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