quarta-feira, 10 de outubro de 2012

SOLIDÃO

SOLIDÃO

A solidão chegando no meu canto
Em prantos e torturas faz seu mote.
Sabendo que o amor precisa encanto
Na cama não há chama que me esgote.

Noturnos os desejos mais sedentos
Se adendos e barganhas eu desfaço,
Disfarço tantos óleos que sei bentos,
Nos dentes que mergulham no teu braço.

Amar demais não custa nem descarto
Embora vá rolando tão sozinho...
Aberto o coração ao novo parto,
Aguardo, calmamente no meu ninho...

Não temo a solidão, é companheira,
Embora eu te prefira a noite inteira...


MARCOS LOURES

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