A VELHA PROSTITUTA
A velha prostituta,
humanidade,
Expondo uma ferida
sempre viva
Cravando a garra
audaz e radioativa
Matando o quanto
reste em liberdade,
Aonde ser possível claridade?
A farsa se desnuda
na cativa
Imagem que esta fúria
em fome criva
Ousando imaginar-se
em divindade.
Negar o próprio espelho?
Não consigo.
Ainda quando inútil
algum abrigo
Imerso no meu mundo
em egoísmo,
A cada novo instante
a imensa fenda
Ditando o quanto a
atroz luta desvenda
Aprofundando sempre
o torpe abismo...
Marcos Loures
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