MEUS DIAS
Meus dias por teus dias procuravam
Embora tantas vezes não convinham,
Os rastros que na areia se buscavam
Mostravam para onde nunca vinham
Os dias que talvez inda clamavam
E restos de esperança já continham,
Enquanto os meus caminhos se passavam
Os braços noutros braços não se aninham.
Vertentes deste rio que prossegue
Atrás de um velho mar, salgado e morto.
Recebo o teu olhar em manso porto
E sigo na alvorada quase entregue
Às rotas emoções, rotas perdidas,
Sem ver no labirinto outras saídas...
MARCOS LOURES
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