domingo, 3 de abril de 2011

Vou fazendo a minha festa
Quero te dizer, querida,
Coração abrindo a fresta
Encontrou sua saída,

Labirinto da saudade
Maltratou meu bem querer,
Meu cantar em liberdade
Vai buscando o seu prazer.

“ Sou caipira, Pirapora”
Mas eu gosto de arrelia,
Meu amor aqui e agora,
Vou brindar à fantasia.

Alegria, na verdade,
É um bem que não tem fim.
Conhecer felicidade,
Que no fundo, trago em mim.



Fingiste que me querias
Em ti fui acreditar
Agora em todos meus dias,
Não me canso de penar...

Se tu quiseres conselho
Poderei te dar algum,
O mundo é um grande espelho,
No final terás nenhum.

Minha amada porque foste
Ser tão cruel deste jeito,
Por mais que a gente te goste
Nada pra ti é perfeito.

Mas inda resta a saudade
Das nossas noites de amor.
Toda luz e claridade,
Foi demais. Encantador...

Por isso não sei se choro
Ou se rio de verdade,
Às vezes eu rememoro,
Tivemos felicidade?

Me entreguei aos teus cuidados,
Tu foste meu grande amor,
Já paguei os meus pecados,
No teu braço enganador.


Almejei uma saída
Mas amor não deixa brecha,
Minha alma distraída,
O Cupido acertou flecha.

O teu canto sempre encanta
Quem contigo quer cantar,
Toda a tristeza se espanta
Quando vem me namorar.

Tua boca em doce mel,
Em ternura que se quis,
Com você eu trilho o céu,
Com você sou mais feliz.

Roda mundo em carrossel,
Não me canso de rodar,
Vem comigo em meu corcel,
Tanto mundo pra rodar...


Eu bem sei quanto é que dói
Esta negra solidão,
Todo tempo se destrói
Nas entranhas da paixão.

Mas prossigo pelejando
Por um dia bem melhor,
Contigo vou namorando
O teu beijo sei de cor.

Mas talvez já não me queiras
Talvez queiras, nem percebes,
As tuas flechas certeiras
Invadiram minhas sebes

Tomaram a direção
Que previas, meu amor,
Flechado no coração,
Eu estou a teu dispor...


Vagamundo coração
Na procura de encontrar
Tanto amor, santa emoção,
No meu sonho a galopar.

Nos meus vasos, sangue pulsa
Vou ritmando uma alegria,
À tristeza, tal repulsa,
Pois o bem eu te queria.

Marceneiro que na prensa
Dos retalhos fez um sonho,
Tanto amor; sei que compensa
Faz o mundo ser risonho..


Amar cura uma amargura
E não deixa nem resquícios,
Um amor nunca é loucura,
Embora traga seus vícios.

Faço deste verso meu
Um carinho que te toque,
Tanto amor se concebeu,
Inda tenho mais no estoque.

Passageiro da esperança
Caminheiro sem ter tréguas,
Meu amor sempre te alcança
Na distância, tantas léguas.



Esperança diz teu nome
Cada dia mais distante,
Tua imagem me consome,
Perdida, tão inconstante...

Mas, a cada dia vejo,
Que amar mais do que pude,
Faz viver esse desejo,
Amar-te muito, amiúde...

E mesmo assim, minha amada,
É muito pouco, garanto,
Creia: não é quase nada
Nunca bastante nem tanto

Tanto é grande o que mereces
Bem mais que posso fazer,
Agradeço a Deus, em preces;
O poder te conhecer.

Como amar é doação,
Do muito que, certo, eu te amo.
Nada resta ao coração,
Por isso tanto te clamo.

Grande amor de minha vida,
Sem te ter, morro de frio.
Por tanto te amo querida,
O meu peito está vazio...

A porca de tão pesada
Já não anda, meu senhor
A vida desconsolada,
Nada serve sem amor.

Todo o pó da minha estrada
Alimenta o sonhador
Na noite, na madrugada,
Na tua cama, o calor...


Quem cultiva tantas rosas,
Jardineiro cuidadoso,
Deixa todas orgulhosas,
Um jardim lindo e viçoso.

Quero o beijo de quem amo
De quem amo, quero sim.
Toda vez que, amor, te chamo,
Vem pra pertinho de mim...

Somos vidas desta vida
Que com Deus fica melhor.
Se minha alma foi perdida,
Caminho sabe de cor.

Tenho o gosto da esperança
Neste beijo que te dou.
O sentido da aliança
Só conhece quem amou!

Se Maria quer meu ninho,
No meu ninho pode vir.
Eu sou como passarinho
Meu cantar vem te pedir.

Nos meu verso tão sincero
Minha amada, minha flor.
Tanto amor eu sempre espero
Vou vivendo por amor...

Nas curvas deste caminho
Capotei meu bem querer
Procurei, achei carinho,
Não consigo te esquecer...

Meu amor quando se entrega
Tem poder de sedução.
Minha amada nunca nega
Que é só meu seu coração.

Canto um canto que me encanta
Se te canto, canto bem.
Tanto encanta quando canta
Coração tamanho trem.


Nosso amor vou desfrutar
Em lençol de seda e ninho
Vou chegando devagar
Te beijando de mansinho,

Um beijinho em tua nuca,
A lambida no pescoço,
Você diz: Fico maluca,
Mas amor, é um colosso!

Sem ter medo vou audaz,
Em teus cabelos, meneios
Minha boca mais voraz
Vai pousando nos teus seios.

Meu amor não tem pecados,
E não suporta uma intriga
Tantos beijos serão dados
Com cosquinha na barriga

Depois disto amor, querida
Pode falar que eu não ligo,
A minha língua atrevida
Vai chegando em teu umbigo.


No teu pé tão delicado,
Mil carinhos; vou fazer,
Nosso amor, sabe o recado
Tanta coisa por dizer.

Nossas noites são eternas
E gostosas como o quê
Vou beijando as suas pernas
Paraíso então se vê

Os caminhos que percorro,
Vão ficando mais vermelhos,
Meu amor pede socorro,
Ao chegar aos teus joelhos.

A paixão tem muitas flores,
Vermelhas brancas e roxas,
Mas eu sei dos seus pendores
Quando chego em tuas coxas.

Amar é seguir decerto
Toda a beleza das trilhas,
O caminho estando aberto
Quando alcanço estas virilhas...

O resto bem que eu queria
Nestes versos declamar
Mas a censura esvazia
Já não deixa eu mais falar.

O que importa, minha amada,
Nos versinhos que eu te fiz,
É saber que nesta estrada
Eu te faço mais feliz!!!!

Nos campos dessa saudade
Plantei a minha esperança
Não brotou sequer verdade,
Só restou uma lembrança;

Do jardim da minha vida,
Do rosal do meu caminho.
Minha alegria esquecida
Marcada por cada espinho.

Os teus beijos tão amenos
Os carinhos, meus remansos,
Os teus olhos mais serenos
Teus belos seios, tão mansos...

Nada mais aqui ficou
Só a dor de não te ter.
Pelos caminhos que vou,
A vontade de morrer...

Minha vida vai passando
Pelos campos, devagar.
Tantos verbos conjugando,
Viver, sofrer e lutar...

Vivendo na poesia
Sofrendo por teu amor
Vou lutando todo dia
Pelo caminho que for

Não te vi, nem pretendia
A noite não traduz dia...
Versejando fantasia,
Esqueci da melodia...

Amar demais a Maria,
Que sei, jamais, amaria...
Todo amor que se cumpria,
A dor que no peito estia...

Não te vi, nem pretendi,
Jamais pude estar aqui,
Por tanto tempo vivi,
O teu amor esqueci!

No teu livro tanto li,
Depois de tudo perdi
O prumo. Meu souvenir,
É saber que estás ali...


Não te vi nem pretendia,
Jamais pude estar aqui,
Versejando fantasia,
Por tanto tempo vivi!

A noite não traduz dia,
Não te vi, nem pretendi,
Esqueci da melodia
E prumo, meu Souvenir...

A minha amada Maria,
Depois de muita conversa,
Todo dia me exigia,
Casamento assim depressa...

Por um motivo banal,
Não pude nem ofertar,
Sem dinheiro, o principal,
Como vou poder casar?

Maria me disse sentida,
Isso né motivo não,
As coisas boas da vida,
Moram no meu coração...

Pensando nessa verdade,
Olhei pra cima, pro céu,
Reparei na claridade,
Maria, bela com véu...

Ofereci pra beldade,
Um lugar para morar,
Falei, sem falsidade,
O que dava pra comprar...

Lhe disse: que tal Mercúrio,
Ela olhou bem diferente,
O lugar é bem espúrio,
Eta lugarzinho quente!

Sem dinheiro, o que é de menos,
Eu falei em procurar,
Um terreno lá em Vênus,
Nem me deixou completar...

Cheio de carinho e arte,
Belo tom avermelhado,
Eu fui falando de Marte,
Me disse não, é gelado...

Olhei um olhar soturno,
Minha voz, coloquei mel,
Como é lindo esse Saturno!
Nem Saturno, nem anel...

Falei, agora com medo,
Júpiter é maioral!
Foi me contando um segredo,
Muito grande, passo mal...

Pensei, mudando de plano,
Num terreno mais distante,
Fui pensando em Urano,
Me disse: passe adiante...

De nós dois virarmos uno,
Tanto sonho nessa vida,
Nem pude dizer Netuno,
Me falou em despedida...

Mas agora estou ferrado,
Não posso falar Plutão,
Tal qual como estou, rebaixado,
Não é planeta mais não!

Não vejo se vais ou ficas
Apenas quero teu mar
Nas luas que edificas
Nos raios deste luar

Vencido pelo cansaço
Espero noite chegar
Deitando no teu abraço
Até de novo, sonhar.

Não quero teu gesto amargo
Nem lendas que não contei
Amor avança num trago
No canto que escolherei

Na cama te peço afago,
Se me deres, viro rei...
Amor invado teu lago
Tanto amar, a nossa lei...

Cativas e não percebes
Que quanto mais me cativas
Mais carinho tu recebes
As flores são sempre vivas

Viajando nossas sebes
Por tantas noites altivas
Amor tu nunca concebes
Em nossas doces salivas...

Mas se quero o teu amor,
Teu amor eu necessito,
Vivendo tanto calor
Se não vier, estou frito!

No tabuleiro da serra
Seguindo pelas estradas
Vou trilhando pelas terras
Nas noites enluaradas.

Estrelas por companhia
Em busca do meu descanso
As três marias por guia
Em Maria o meu remanso...

Amar Maria me trouxe
O peito novinho em folha
Tanta tristeza acabou-se
A vida permite escolha

Por isso que eu quero tê-la
O mais depressa comigo
Com Maria, a boa estrela,
Eu não corro mais perigo.

Vou correndo tão ligeiro
Procurando seu carinho
Coração sempre matreiro
Encontrou o seu caminho.

No colo dessa morena
Que não me deixa mais só
O final da estrada acena,
Minha alma cheia de pó.

Coração botafoguense
Já cansado de ser vice
Quer amor que recompense,
Tanto desamor desdisse.

Trago estrelas no meu peito,
São medalhas de um guerreiro,
Muita vez insatisfeito;
Mas dos sonhos, mensageiro.

Riscos: corro todo dia
Procurando por alguém
Que não seja fantasia,
Mas; distante nunca vem.

Chego mesmo a imaginar
Se existe felicidade.
Cultivando sem parar.
Só colhendo uma saudade...



Um gosto que a vida trouxe
Do jeito que sempre quis
Calmo, manso, quieto e doce
Pronto pra fazer feliz...

Morena que bom que veio,
Fica deitada comigo,
Não precisa ter receio
Te juro, não tem perigo,

Tanto amor tenho por ti,
Moreninha, minha vida,
Nesse amor já me perdi,
Vamos viver nossa vida.

Eu te preparei a cama
Perfumada de alecrim,
Meu amor sempre te chama,
Vem moreninha... Pra mim...

Quero o mel do teu prazer
Quero amor que não tem fim,
Minha abelha; vou viver
Nosso amor que é sempre assim

Mal sabias que em tormentos
Andava triste e marcado,
Aflorando os sentimentos,
Querendo estar ao teu lado.

Mas voltei como de um sono,
Sem ter sequer cicatriz,
Rainha; volte ao teu trono,
Comigo serás feliz!


Nosso amor é bem gostoso
Todo o dia te beijar.
Tá me deixando orgulhoso,
O prazer de namorar

Não sou cabra vaidoso
Mas não canso de falar,
Teu pescoço é tão cheiroso,
Minha flor quero cheirar.


Se o meu verso assim, pudesse
Te falar tudo o que sinto,
Coração fazendo prece,
Na verdade eu nunca minto

Eu sou teu, e nada importa,
Tu és minha companheira,
Venha logo abrir a porta,
Balançar esta roseira.

Meu afago eu te proponho,
Teu carinho é todo meu,
Com teu corpo eu sempre sonho,
Teu amor me convenceu

De que a vida só se dá
Pra quem sabe o que é amor.
Nossa estrela brilhará,
Seja lá por onde for.


Colibri beijando o lábio
Da menina melindrosa,
Beija-flor é bicho sábio
Reconhece a bela rosa.

Moça traz no seu perfume
Alegrias e calor.
Meu amor seguindo o lume,
Vagalume e beija a flor.

Sabe o gosto desta moça,
Reconhece seus encantos,
Numa casa, uma palhoça,
Vai rondando pelos cantos



Até chegar ao jardim
Mais bonito em arrebol,
Coração dentro de mim,
Te procura, um girassol.


Coração não tem juízo
Perde logo o rebolado
Quando vê o Paraíso
Bem juntinho aqui do lado

Teu amor é o que preciso
Senão morro apaixonado,
Tão gostoso o teu sorriso
Com jeitinho bem safado

Se o amor vem sem aviso
Para quê ser avisado,
Tendo tudo o que preciso,
Ando bem acompanhado

Nesta terra agora piso,
Com firmeza e bem guiado,
Se o terreno for mais liso
É preciso ter cuidado

Meu amor desejo e biso,
Ser ter por ti sempre beijado...
Sem teu beijo o prejuízo
Fica sempre assinalado

No teu corpo climatizo
Só calor nunca gelado,
No teu cheiro, aromatizo
Beijo bom e perfumado.

Não vejo mais a saída
Tudo, tudo não me importa.
Esperando noutra vida
Encontrar a velha porta.

E sair devagarinho
Em busca do novo sol,
O meu amor, coitadinho,
Transformado em girassol.

Nas penas do passarinho
Minhas penas batem asas.
Procurando por um ninho,
Queimou as asas nas brasas...

E de novo sem sentido
Meu amor pesa de lado.
Por isso está resolvido
Entre nós, tudo acabado...

Um dia passa depressa
Um mês demora a passar
Trair é qual sarna, começa,
E nunca mais quer parar.

Por isso, moça bonita
Acorde e bem ligeiro
Pois de outro laço de fita
Comecei sentir o cheiro.

Meu amor não faz mais isso
Eu te peço, por favor,
Amor que tanto cobiço
Cobiçando um novo amor...


Menina que bom te ver,
Sempre estou apaixonado
Contigo quero viver,
O resto, deixa de lado...

A chuva foi apertando,
E eu ficando aqui com medo,
Meu amor foi se acabando,
Que pena, que era tão cedo...

Mas espero sua volta
Cada dia mais espero
A mão do coração solta
Tanto amor que já venero.

Quero viver um amor
Sem cobranças, sem passado
E que vá por onde eu for,
Sempre, sempre do meu lado.

A vida me trouxe o sonho
E depois, cedo, cobrou,
Amor que fora risonho,
Era vidro e se quebrou...

De papel, a fantasia,
Qual balão de São João,
Acabou com alegria,
Entristeceu coração.

Chove chuva pequenina,
Vai molhando o meu quintal
Todo amor dessa menina
Enchendo o meu embornal.

N’ embalo da minha vida
Eu deixei muita saudade.
Na subida e na descida,
Foi tanto amor de verdade...

Esperança diz teu nome
Cada dia mais distante,
Tua imagem me consome,
Perdida, tão inconstante...

Mas, a cada dia vejo,
Que amar mais do que pude,
Faz viver esse desejo,
Amar-te tanto, amiúde...

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